Albert Einstein foi um físico alemão de origem judaica, naturaliza-se suíço e, posteriormente, norte-americano. Educado em Munique e na Suíça, doutora-se em Zurique em 1905. Entre os anos de 1902 e 1909 está a trabalhar num escritório de patentes em Berna, até que em 1909 consegue incorporar-se no ensino universitário, que exerce em Zurique, Praga e Berlim. Dirige o Instituto de Física Kaiser Wilhelm e é membro da Academia de Ciências Prussiana. Em 1905 publica os seus primeiros trabalhos sobre a análise matemática do movimento de Brown, o efeito fotoeléctrico, o estabelecimento da equivalência massa-energia e a exposição dos fundamentos da teoria especial (ou restringido) da relatividade. Estes temas vão impulsionar uma mudança espectacular e revolucionária da concepção do mundo físico baseado na geometrização espácio-temporal da física moderna. A partir de 1910 aprofunda a teoria da relatividade e, em 1916, publica o resultado dos seus esforços. Recebe o Prémio Nobel de Física em 1921. A partir de então viaja pela Europa, Estados Unidos e Ásia. Em 1933, pela sua condição de judeu tem que exilar-se da Alemanha e instala-se em Princeton (Estados Unidos). Em 1939 adverte o presidente Roosevelt, numa famosa carta, sobre o perigo de a Alemanha se ter adiantado na descoberta das possibilidades da energia nuclear, o que propicia a realização do Projecto Manhattan (criação das primeiras bombas atómicas). Apesar da sua contribuição para a investigação bélica, foi um pacifista militante.
AZEVEDO, Artur Nabantino Gonçalves de. PSEUDÔNIMO : Elói, o herói; a Gavroche; Petronio; Cosimo; Juvenal; Dorante; Cratchi; Passos Nogueira; Frivolino.
NASCIMENTO: São Luís, MA, 7 de julho de 1855. FALECIMENTO: Rio de Janeiro, RJ, 22 de outubro de 1908. BIOGRAFIA: Teatrólogo, tradutor, contista, poeta. Irmão mais velho do romancista Aluísio Azevedo, o conhecido teatrólogo de A Capital Federal escreveu também contos e poemas, atuando na imprensa como cronista dos mais prestigiados. Com 16 anos, dirigiu e editou, por dois anos, em sua cidade natal, o periódico literário e noticioso O Domingo. Aí escrevia sua crônica semanal de crítica de arte e de costumes, com o pseudônimo Elói, o herói. Deixou a terra natal depois de ser exonerado do cargo de praticante da 1ª seção de Secretaria do Governo pelo presidente da província, por ter escrito artigos e poemas satíricos sobre a situação maranhense. Em 1873, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde dedicou-se ao ensino, tendo trabalhado também como funcionário público. Na então Capital Federal, Azevedo encontrou ambiente favorável à expansão de seu talento literário. Colaborou em A Estação, ao lado de Machado de Assis, e também em O Diário de Notícias, Correio do Povo, O País, A Notícia, Correio da Manhã e O Século. No ano de 1877, Artur iniciou-se no gênero teatral cuja voga no Rio de Janeiro se deu justamente nas décadas de 80 e 90 do século passado e no início do século XX, chamado "as revistas do ano". Oriundos da França, estes espetáculos faziam o balanço dos principais acontecimentos do Rio de Janeiro, no ano que findava. O teatrólogo contribuiu com inúmeras peças para o engrandecimento desse gênero eminentemente popular. Pertenceu, ao lado do irmão, ao grupo fundador da Academia Brasileira de Letras. Figurou numa antologia em língua francesa, organizada por Victor Orban. Em 1910, uma revista da Rússia czarista, Notícias da Literatura Estrangeira, traduziu e publicou vários de seus contos.
(Rio de Janeiro, 14 de março de 1926) é um escritor e jornalista brasileiro, e imortal da Academia Brasileira de Letras. Seus pais foram Ernesto Cony Filho e Julieta Moraes Cony. Estudou em seminário até quase ordenar-se, em Rio Comprido. Jornalista, foi um dos que se opuseram abertamente ao golpe militar de 1964. Como editorialista do Correio da Manhã, escreveu textos de crítica aos atos da ditadura militar. Foi incitado a se demitir do matutino (cerca 1965). Atualmente, recebe pensão do governo federal, em decorrência de legislação que autoriza pagamento de indenização aos que sofreram danos materiais e morais, vitimados pela ditadura militar. Já publicou contos, crônicas e romances. Seu romance mais famoso é de 1995, Quase Memória, que vendeu mais de 400 mil exemplares. Esse livro marca seu retorno à atividade de escritor/romancista. Seu romance, A Casa do Poeta Trágico, foi escolhido o Livro do Ano, obtendo o Prêmio Jabuti, na categoria ficção. É editorialista da Folha de São Paulo. Desde 2006, seus livros são publicados pela Editora Objetiva, que pretende relançar toda a sua obra. OBRAS ROMANCES O ventre (1958) A verdade de cada dia (1959) Tijolo de segurança (1960) Informação ao crucificado (1961) Matéria de memória (1962) Antes, o verão (1964) Balé branco (1965) Pessach: a travessia (1967) Pilatos (1973) Paranóia: a noite do massacre (1975) Quase memória (1995) O piano e a orquestra (1996) A casa do poeta trágico (1997) - Prêmio Jabuti de Livro do Ano 1998, categoria ficção Romance sem palavras (1999) O indigitado (2001) A tarde da tua ausência (2003) O beijo da morte (2003) em parceria com Ana Lee O adiantado da hora (2006) CRÔNICAS Da arte de falar mal (1963) O ato e o fato (1964) Posto Seis (1965) Os anos mais antigos do passado (1998) O Harém das Bananeiras (1999) O presidente que sabia javanês (2000) com charges de Angeli O tudo ou o nada (2004) CONTOS Quinze anos (1965) Sobre todas as coisas (1968), reeditado sob o título "Babilônia! Babilônia!", (1978) Babilônia! Babilônia! (1978) O burguês e o crime e outros contos (1997) INTANTO-JUVENIS Uma história de amor(1978) Rosa, vegetal de sangue (1979) O irmão que tu me deste (1979) A gorda e a volta por cima (1986) Luciana saudade (1989) O laço cor-de-rosa (2002) JORNALISMO Nos passos de João de Deus (1981) Lagoa (1996)
Alves, Antônio de Castro. PSEUDÔNIMO: Musset.
NASCIMENTO: Fazenda Cabaceiras, Curralinho, hoje Castro Alves, BA, 14 de março de 1847. FALECIMENTO: Salvador, BA, 6 de julho de 1871.
Poeta, teatrólogo, tradutor. Iniciou os estudos no interior do estado. Em Salvador, cursou humanidades, estudando no Ginásio Baiano, onde tornou-se amigo de Rui Barbosa, com o qual fundou, em 1864, a Sociedade Abolicionista do Recife. Ingressou nas faculdades de direito em Salvador (1862) e em São Paulo (1868) sem, no entanto, completar os estudos. Em Recife, fundou o jornal O Futuro com outros intelectuais e escritores, obtendo grande fama por participar intensamente das atividades estudantis e literárias, bem como de manifestações abolicionistas, tornando-se o poeta mais destacado da causa anti-escravagista. Nesta cidade, onde viveu com a atriz Eugênia Câmara, dedicou-se a traduzir peças teatrais. Escreveu o texto para teatro Gonzaga, que levou para São Paulo, com passagem pelo Rio de Janeiro (1868), onde declamou em público, alcançando grande sucesso. Na cidade de São Paulo, já com a saúde bastante abalada pela tuberculose, sofreu a perda de um pé num acidente de caça, em 1869. Retornou à Bahia em 1870 para se restabelecer, mas não se recuperou, vindo a falecer aos 24 anos. Embora tivesse colaborado em inúmeros periódicos, teve publicado em vida somente o livro Espumas Flutuantes. Além de intensa obra poética (muitos de seus poemas foram musicados), deixou desenhos e caricaturas. Por obra de sua beleza física, dos arroubos românticos e dos ideais de liberdade, sua figura é marcada por uma aura de lenda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário